Por Senise Doriana de Sousa Feitosa¹
Devemos pensar em Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho como uma ferramenta de
gestão, relacionando-a ao bem-estar de servidores. É importante considerá-la não apenas
como uma estratégia de trabalho mais diretamente direcionada ao setor de Recursos
Humanos, mas também percebê-la como uma possibilidade motivacional para as
pessoas que fazem o serviço público.
Considerando a motivação como uma necessidade intrínseca no ser humano, pessoas
devem se sentir motivadas para o trabalho, o que remete à gestão para os processos
laborais. Devem estimular seu corpo técnico em consonância aos seus desejos,
habilidades e interesses profissionais, como forma a obter resultados eficientes e com
qualidade conforme as exigências da sociedade.
Essa construção satisfatória em realizar o que gosta de fazer com o que sabe fazer bem
possibilita no ser humano um estado de bem-estar ao expandir sentimentos de felicidade
no trabalho, atrelado a ser útil, realizado, determinado e com autoestima. Felicidade que
contagia todos aqueles que, direta ou indiretamente, têm desfrutado do trabalho
desempenhado pelo profissional que sabe fazer acontecer ao fazer o seu melhor, como
bem expressa Ogata (2009): “Bem-estar é expandir a consciência de como você está
sentido e percebendo você mesmo e a vida ao seu redor”.
Consciência que, para o servidor público, torna-se necessária além do nível individual,
possibilitando um processo de compreensão e apreensão do nível coletivo,
desenvolvimento do seu papel social em respeito ao cliente/sociedade e no exercício da
sua liderança servidora.
¹Servidora pública estadual lotada na Escola de Governo Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales/SEARH/RN e Psicóloga Clínica
inscrita no CRP sob o número 17/1435. Graduada em Comunicação Social – Jornalismo (UFRN) e Psicologia (UNP); especialista em
Gestão de Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho (UFRN) e Psicologia Transpessoal (UNP).